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domingo, 4 de setembro de 2011

Bela contradição

Estou lendo um livro chamado Feliz por nada, da Martha Medeiros. Nem preciso dizer que cada crônica, cada página, eu devoro. Todos os seus pontos de vista, suas opiniões, seus modos, suas manias, batem com os meus. Parece que somos amigas mesmo não nos conhecendo. Estranho, eu sei. Mas, embora eu compartilhe muitas das suas colocações, teve uma delas que não parou de me atazanar desde o momento em que eu li. A autora escreve que ser adulto é parar de reclamar, parar de julgar os outros, entre outras coisas e se divertir. Ponto. No entanto, como fazer isso? Como parar de reclamar para sempre? Como evitar o julgamento constante que paira sobre nossas cabeças? Se eu não me engano, não conseguimos desligar os pensamentos, por mais bizarros e contraditórios que sejam. Ao longo do livro, Martha também fala sobre assuntos polêmicos e da dia a dia como felicidade, casamento, trabalho, preconceito, tudo. E toda vez que termino de ler uma crônica, pronto, minha cabeça se enche de mais um milhão de pensamentos. Felicidade, por exemplo: não entendo porque vive aparecendo em livro, jornal, TV. (eu me inclúo no grupo das pessoas que tentaram explicar o que era através da escrita...) Caramba, desde quando se tornou possível explicar a felicidade? Não é possível, quanto mais lemos Itálicosobre o assunto, ouvimos sobre ele, mais incógnitas vêem a cabeça da gente. Então, céus, o que é a felicidade? Como atinge-se? Eu ainda não sei, a Martha não sabe (já virei íntima a chamando pelo primeiro nome) e duvido que as pessoas andem por aí o tempo inteiro felizes ou completamente contentes com o conceito que tem de felicidade. Mais uma vez minha linha de raciocínio deu um loop e voltou pro mesmo lugar. Esse livro é o máximo e me deu muito o que pensar em escrever. Pelo menos estou no caminho certo, já que quero ser escritora :P


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